terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Para o Sãopaulino o ano começa em 18/Fevereiro



Que os outros torcedores me dêem licença, mas para os Sãopaulinos agora é que começa o ano.

Hora ou outra, nós Saopaulinos somos taxados de arrogantes ou prepotentes por aquela velha frase. “Somos tri-mundial”. Mas só que é Sãopaulino sabe do que vou falar agora.

Tudo começou em 17 junho de 1992, numa quarta-feira à noite. Que de lá para cá, transformou a história do clube e de seus torcedores.

O São Paulo já havia perdido uma final de libertadores em 1974 para o Independiente-ARG, e naquela quarta-feira como o atual Campeão Brasileiro(que havia ganhado em 1991), tinha a chance de mais uma vez se sagrar campeão da Libertadores da América.

Os 2 jogos da final contra o Newell’s Old Boys(que era treinado pelo El louco, Marcelo Bielsa) foram um sufoco. Na Argentina 1x0 pra eles, e no Morumbi com 105.185 pessoas, 1x0 para o São Paulo, gol de pênalti aos 20 minutos dos segundo tempo, convertido por um “tal” de Raí.

Nada mais sofrido que a decisão por pênaltis, e me lembro que aconteceram muitos erros nas cobranças. Mas quando o jogador Gamboa do time argentino cobrou o pênalti e o “monstro” chamado Zetti fez a defesa no seu lado esquerdo baixo, me lembro muito bem dele ter se levantado, erguido os braços, e o Morumbi ser invadido pela multidão.

Aquele título sem dúvida foi o início da consagração do Mestre Telê Santana, que até hoje a torcida lembra. E o mestre mandou a campo o seguinte time:

Zetti;
Cafu, Antônio Carlos, Ronaldão e Ivan;
Adílson, Pintado, Raí e Palhinha;
Muller (Macedo) e Elivélton.
Técnico: Telê Santana

Dispensa comentar as outras conquistas que são notórias, mas o que não dispenso apontar é a diferença do que é ver o São Paulo Futebol Clube numa Libertadores da América, seja perdendo ou ganhando.

É claro que sempre se comemora outros títulos, mas que de certa forma para os sãopaulinos ficaram menos importante, porque sabemos o que é jogar e ganhar uma Libertadores.

Sabemos o que significa quando o Galvão Bueno expressa em suas narrações. “O São Paulo é diferente na Libertadores”.

Sabemos também a ansiedade de esperamos as tradicionais quartas-feiras à noite(como amanhã) e ver a chance de mais 11 jogadores como estes 11 do passado se tornarem parte também desta história.



Sabemos mais ainda, que dificilmente criamos vilões ao perder uma Libertadores, porque não é demérito perdê-la, mas como sabemos e criamos heróis ao ganhá-la.

Mas de fato o que não sabemos, é como descrever o que foi ver Raí por 2 vezes(1992 e 1993) e Rogério Ceni mais uma vez(2005) levantar a "Taça Libertadores da América".

Não tem jeito, o fracasso ou sucesso vão andar lado a lado e no limite de acontecerem. Pode ser um gol aos 48 do segundo, tanto a favor como contra que decidirá isso. Mas o importante é que daqui uns 4 meses estes pôsteres podem aumentar.





sábado, 14 de fevereiro de 2009

O que realmente somos ?

De vez em quando, eu tento medir a frustração da perda de um título ou mesmo um jogo importante. Ao longo do tempo, mesmo sabendo que o futebol de hoje é muito mais profissional do que emocional, ainda nos deparamos com atletas que chegam a chorar por uma perda.

Talvez o que sintamos seja medo de sermos incapazes, ou mesmo não o bom suficiente para realizar qualquer tipo de trabalho.

Trazendo este linha de pensamento para nosso cotidiano, podemos nos deparar com algo altamente frustrante.

Afinal, talvez todo dia em algum momento deixamos de ser nós mesmos, mas como não é todo dia que temos uma final de campeonato, não percebemos que nestes momentos fomos incapazes, fracos, inseguros. A questão é entender que nem sempre estamos prontos para uma vitória, ou nem sempre merecemos uma vitória. E são nestes momentos de pura fraqueza que podemos ser vitoriosos. Ter esta sensação e saber lidar com ela, nos faz verdadeiros vencedores, mesmo numa derrota.

Sei que devemos pensar em sempre acertar, isso é óbvio, mas se não errarmos como cresceremos ? Afinal, a decisão de outra pessoa pode não servir para mim.

Não sei se existe um limite de fracassos para cada pessoa, poderia ser mais fácil se tivesse, mas sei que se procurarmos ser quem realmente somos, estaremos muito próximo ser sermos vitoriosos. Ser vitorioso num jogo, na vida, no dia a dia, com certeza nos completa como indivíduo, e nos faz remeter a sentimentos de pura realização.

Imagino que todos queiram ganhar, sempre estar na frente, sempre ser o melhor. Mas isto não significa que ser o melhor é ser o mais feliz, o mais realizado. Em cada instante que se passa, temos sempre a chance de mostrarmos ser bons ou não tão bons assim, mas isso não pode ser o mais importante, e verdadeiramente talvez nem precisássemos mostrar nada, apenas precisamos ser. Ganhar nem sempre é ser o melhor, e ganhar sozinho pode não ter significado algum.

Bom, termino meu pensamento com um texto que muito melhor do que eu expressa o que desejei dizer.

“Nosso medo mais profundo não é de não sermos o bom suficiente, nosso medo mais profundo é de sermos poderosos alem da medida. Por isso nos perguntamos quem somos para nos considerar brilhantes, talentosos, fabulosos ? Na verdade, quem não somos.

Nascemos para manifestar a glória de Deus que está em nós. E ao deixar nossa luz brilhar, inconscientemente damos aos outros permissão para que brilhem também”. Marianne Williamson