quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A visão de dentro da quadra. Não sei exatamente, só sei que foi assim...


A semifinal havia começado, e apenas uma certeza. Um time jogando um futsal de muita qualidade, invictos e com a melhor campanha, e do outro lado um time de parceiros sabendo ter apenas uma chance de desbancar os favoritos, abusarem da vontade.

O time dos “parceiros”(sim, mesmo alguns nem se conhecendo viraram parceiros dentro do time) saiu na frente com um golaço de seu jogador de frente, mas o empate e virada dos favoritos não demorou a acontecer, e o primeiro tempo acabou 2x1. Em quadra ou do banco, via-se em cada um a vontade de se superar, mesmo sabendo da diferença técnica, talvez até da diferença de como jogar futsal, mas nem sabiam o que estaria por vir.

Mais 1 gol aconteceu para cada time, os favoritos perderam algumas chances, talvez até se achassem já na final antes mesmo do jogo começar, mas faltando 30 segundos, falta para o time que estava perdendo. O líder e goleiro que já havia feito 3 ou 4 gols se posicionou para receber a bola e chutá-la em gol, porém preferiu dar um passe lateral, o jogador que recebeu o passe limpou e chutou cruzado, a bola caprichosamente bateu na trave, rolou pela linha do gol, bateu nas costas do goleiro e entrou. 3x3. O jogo acaba e vai para os pênaltis. Um do jogadores disse para os companheiros: “Esta bola não entrou a toa”.

Os 2 times foram acertando e chegou-se as alternadas. Os invictos fizeram primeiro, o goleiro do time dos “parceiros” bateu, e na mesma trave que acontecera o gol no ultimo instante a bola bateu e entrou. Nas cobranças subseqüentes, os invictos erraram e os parceiros fizeram, e depois de um jogo incrível passaram à final.

Chegou-se a final, podemos dizer que de novo o time dos “parceiros” tinha outro favoritos para enfrentar, o time da base do atual campeão, e dos jogadores acostumados a vencer os torneios.

No início, as coisas já pareciam ficar mais difíceis. Apenas com 2 reservas, enquanto que os favoritos com 4 ou 5 jogadores para revezar. Se não bastasse, ainda 2 jogadores ainda sentiram contusão.

Primeiro tempo, o time dos “parceiros” ganha por 1x0 e mesmo contras as adversidades conseguiu dominar o jogo. Já no segundo tempo, o atual campeão jogando bem melhor, com mais fôlego e dedicação, virou o jogo até o ponto em que ele ficou 3x2. Algumas provocações, choro normal de jogo, mas os “parceiros” não desistiram...

Exaustos, os parceiros pediram tempo. Pouco mais de 2 minutos, com 5 faltas contra, jogadores sentindo contusão, sabiam que era o ultimo fôlego. E de novo aconteceu.

O goleiro dos “parceiros”, como na semifinal mais uma vez arriscou e jogou na linha, dominou uma bola pelo lado direito, e num lindo chute, nem tão forte, nem tão fraco, mas o suficiente para cruzar na diagonal toda a quadra e entrar no canto direito. Quem estava no banco viu, a bola passando por nada menos que 8 jogadores, sem tocar em ninguém e então, mais uma vez, nos últimos instantes empatar o jogo. 3x3, e de novo pênaltis. Mais uma vez, um jogo limpo, de 2 equipes extremamente focadas em ganhar o torneiro, mas infelizmente apenas 1 ganha.

As 4 primeiras cobranças perfeitas, sem chances para os goleiros. Mas na terceira cobrança, o atual campeão errou e outro líder dos “parceiros” cobrou e fez o gol. Não um gol comum, mas um gol que fez valer a pena toda a dedicação, superação e espírito de equipe de todos jogadores.

Visto de dentro da quadra, pode-se dizer que. “Cansaço, inferioridade técnica, contusão, pode ser superada se o ideal de todos e juntos for ir até o final, ir até as ultimas forças, ir até onde mesmo a maioria não acredite.” Mas Julien, Bruno Celso, Bruno Boy, Guga, Grilo, Lau, Luciano, Newton e Tiago acreditaram.

Talvez o campeão não tenha sido o melhor, mas quem foi campeão sabe o que fizeram para serem os melhores desta vez.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Metade da temporada


Final de Julho, e por incrível que pareça mais da metade do ano de 2009 já se foi. Fazendo uma analogia com o futebol em geral, poderíamos dizer que estamos no “meio da temporada”.

Para os pessimistas, ainda falta metade de um longo percurso, mas para os otimistas um grande tempo para tentar recuperar o que não se ganhou.

Tanto no futebol como em nossas vidas, nos deparamos com situações como esta. Estar no meio de um processo, as vezes contentes por satisfação do que foi realizado até aquele momento, mas em outros casos extremamente cansados e quase que desistindo da “temporada” que está vivendo.

E eis a questão. Se a temporada não está boa, o que fazer ? Temos 2 opções. Simplesmente desistir e esperar a próxima, ou ainda tentar recuperá-la.

Desistir talvez não seja uma escolha apropriada, porém, se não resolve pelo menos remedia um momento. Ao “abandonar” uma temporada, temos a chance de “desencanar” um pouco de tudo, ou mesmo de tudo um pouco. É como que relaxar a mente, o corpo, e até mesmo ser egoísta. Pensar apenas em si, sem ter a preocupação se irá afetar um grupo ( que pode ser um time de futebol ou sua família ). Assisti a um filme chamado “Antes de Partir”, que retratava algo parecido. Alguém que a vida toda, pensou em prol do grupo mas que ao final da vida viu que poderia também pensar um pouco em si. Em certo ponto, aquele personagem precisou abandonar a temporada, mesmo que apenas uma entre muitas outras.

Mas então, se não quer desistir só tem uma solução. Brigar até o fim. As vezes é até uma temporada com final já previsto, uma temporada que o resultado dificilmente será mudado, mas mesmo assim podemos ter o prazer e esperança de que se não conseguiremos reverte-la por completo, já estaremos nos preparando para a próxima.

Só temos que tomar cuidado para não forçarmos algo inadequadamente. É como uma contusão esportiva, insistir continuar machucado pode apenas agravar, e fazer uma temporada ruim encadear em outra temporada ruim. Neste caso, é sermos autocríticos, sinceros e cautelosos para avaliar como recuperar e quando recuperar.

De fato, desistindo de uma temporada ou não, sempre chegaremos naquele ponto em que quase não sabemos o que fazer. Vou ou fico ? Chuto ou driblo ? Compro ou Vendo ? Engraçado que na verdade, nosso dia-a-dia é repleto de decisões, como e fossem micro-temporadas.

Se a decisão é correta ou não, talvez não tenhamos a reposta de imediato. Mas o que talvez seja importante é que qual for a decisão tomada, desistindo ou não, decidindo ou não, é a única forma de sabermos se estamos ou se estaremos certos, se a metade da temporada que se passou valeu a pena ou se ainda podemos fazê-la valer a pena.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Várzea. Qual o mistério ?


Certa vez, um amigo da família em um almoço na casa de meus pais conversava comigo sobre jogar futebol. Eu estava falando que naquela semana havia jogado quinta, sábado e domingo e por isso estava um pouco cansado. Quando então meu pai me pergunta. “Pra que ? Porque jogar tanto ?”

A resposta parece óbvia, porém, não compreensível para quem não sabe ou conhece este prazer. E pensando na várzea, vamos aos fatos:

- As vezes jogamos em campos que cair ao levar uma falta é um verdadeiro suicídio. Pedra, areia é o estilo do “gramado.
- Com raras exceções, mas normalmente pagamos pra jogar. Mensalidade de clube, uma chuteira melhor, a gasolina para ir até o local do jogo.
- Correr as vezes sob sol de 33 graus, com a poeira subindo a cada chute, até quase ficar sem fôlego
- Ou correr sob verdadeiras tempestades, e a bola quase não sair das poças
- Perder a cabeça com os “juízes”, se estressar com amigos de infância que em certos momentos parecem ser nossos inimigos
- Se achar a pior pessoa do mundo, porque perdeu um pênalti
- Sair machucado, mancando, cor dor em tudo que é lugar sem mesmo ter uma medalha ou troféu como recompensa
- Agüentar “marmanjo” se achando xerife, ou “malandro” dizendo “ta me tirando irmão ?”
-Normalmente, a nossa torcida se resume em 5 amigos e mais nossa namorada/esposa que ainda assim nos “corneta” e ficam bravos ou zombam por errarmos algum lance.

De fato, algumas destas situações beiram a “maluquice”, “exagero”, mas o que nos importa ? Importa é acordar sábado/domingo de manhã e saber que algumas destas coisas irão se repetir, e a gente não vê a hora de que elas aconteçam.

Mesmo sabendo que aquele ótimo jogo que fizemos na semana passada, não vai se repetir. Mesmo sabendo que o próximo jogo podemos ir muito bem, ou ser um desastre.

Realmente a gente não vê a hora de mais uma partida começar, só pra um dia quem sabe conseguir decifrar qual é o mistério que move a tal paixão. Simplesmente jogar futebol.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

As vezes, futebol não é tão “caixinha de surpresa”



Desculpem-me a falta de modéstia (rs), mas a cada dia gosto mais deste negócio chamado futebol... Ontem (19/Abril) estive no Morumbi e pude ver um grande jogo de futebol, entre São Paulo e Corinthians. Mesmo que o resultado não tenha sido aquilo que gostaria, não posso deixar de admirar o que foi um grande confronto tático e estratégico.

Mas deixando os detalhes do jogo de lado, e voltando pra falta de modéstia, busquei o que postei em 2/Janeiro/2009, antes dos times começarem a jogar. E olhem o que havia falado... Pelo menos, a minha "bola de cristal" parece não ter quebrado... rs

Corinthians: Favorito ao Paulistão. O time já está treinando, e quando os outros grandes se acertarem já deve estar embalado. E sabemos como é o Corinthians embalado.
...“

O time não está invicto há tanto tempo de bobeira. E repito, sabemos como é embalado.


Palmeiras: Onde está o planejamento do Luxemburgo ? Montar outro time num ano de Libertadores ? ... Acho que o primeiro semestre está perdido, período do principal campeonato que irá disputar no ano.“

O primeiro semestre ainda não está perdido, mas...


Santos: Sinceramente, se o Santos estiver pensando a longo prazo acho que está fazendo correto. ... mas se estruturando, sem contratações fora das possibilidades, olhou para a base e vimos no que está dando. Acho que se o Santos estiver fazendo e pensando nisto, pode colher os frutos.“

Se Neymar é o destaque, outro jogador da base bem jogando e resolvendo. Paulo Henrique. Talvez eu tenha errado em achar que seria a longo prazo.


São Paulo: ... Não dá pra imaginar o que pode dar errado, a não ser que a diretoria resolva pensar em marketing como no início do ano passado. Bom, mas daí o Muricy conserta.”

Coincidência ou não, um diretor andou falando bobagens sobre Ronaldo. Desta vez o Muricy não conseguiu consertar.


Bom, a final agora não terá muitas cores, afinal são 2 times alvinegros. Mas o brilho com certeza ainda existirá. Afinal, a comparação será inevitável. Será o encontro de 2 fenômenos, um que o brilho teimosamente insiste em permanecer(e ainda bem), e outro que parece brilhará por muito tempo ainda.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Seleção brasileira. Que passa ?



Neste 1 de abril vimos uma notícia digna da “data da mentira”. Bolívia 6 x 1 Argentina. Mas também vimos nestes dias o Equador “massacrar” a seleção brasileira. Será que aquele ditado que está na moda, “não tem mais time bobo”, está se fazendo verdadeiro ? Eu acho que não, porque uma coisa é um time inferior conseguir equilibrar uma partida pela aplicação e força contra um maior, mas verdadeiros “massacres” como foram estes 2 jogos ( sim, o Brasil não perdeu do Equador, mas o que vimos foi inacreditável ) não pode se encaixar neste ditado. Altitude ? Outras seleções ganharam da Bolívia lá em La Paz.

Mas se concentrando na seleção brasileira, eu tenho a convicção que está chegando o momento em que não iremos para uma copa, nesta e próxima vamos, mas as outras seleções estão ficando tão perto da gente que a tradição não irá mais se impor.

Mas por mais que saibamos o Dunga não ser um técnico a altura, nossa safra de jogadores está ruim.

Lembro-me que antigamente, quando um jogador conseguia a proeza de chegar à seleção era porque ele era diferenciado, e se isso se confirmasse na seleção ele perpetuava, porque os jogadores da posição que apareciam não tinham chance, pois não conseguiam espaço.

Vamos ver alguns de que me lembro, mais ou menos olhando a década em que foram titulares absolutos da seleção.

Goleiro: Taffarel(de 1988 até 1998), de lá pra cá tivemos inúmeros goleiros
Zagueiros: Ricardo Rocha(80’s), Aldair(90’s), Lúcio(recentemente)
Lateral direita: Leandro(80’s), Jorginho(90’s), Cafu(recentemente)
Lateral esquerda: Junior(80’s), Branco(90’s), Roberto Carlos(recentemente)
Volante: Toninho Cerezo(80’s), Dunga(90’s)
Meia: Zico(80’s), Rivaldo(Final de 90’s e até 2002)
Atacante: Careca(80’s), Romário(90’s), Ronaldo(recentemente)

Alguns exemplos, de jogadores que se não ídolos de suas torcidas eram sempre considerados o melhor da posição em termos mundiais.

Hoje, nossa seleção é repleta de jogadores que por terem feito uma boa temporada já chegaram à seleção. E pior, a maioria deles joga em times de segunda linha da Europa, ou mesmo são meros coadjuvantes em seus clubes.

Vamos olhar o time base da seleção, ou quem mais tem sido convocado e respectivo clubes:

Julio Cesar – Exceção, um dos principais do seu time - Inter de Milão
Maicon – Clube grande, mas coadjuvante - Inter de Milão
Juan – Time médio - Roma
Lucio – Exceção – Bayer Leverkusen
Gilberto – Time Médio – Hertha Berlim
Gilberto Silva – Panathinaikos ? Como diria um amigo, “Tá de sacagem”...
Felipe Melo – Nem sei aonde jogou por aqui, e é coadjuvante no seu time médio - Fiorentina
Josué – Time pequeno - Wolfsburg
Elano – Time pequeno – Manchester City
Kaka – Exceção, um dos principais do seu time - Milan
Robinho - Time pequeno – Manchester City
Ronaldinho Gaucho - Clube grande, mas reserva - Milan
Luis Fabiano – Time médio - Sevilla

Olhando para estes times, dá impressão de estarmos falando de jogadores do Equador, Chile, Belgica...

Enfim, acho que se montarmos uma seleção só de jogadores aqui do Brasil, não seria pior com a que estamos vendo.

Victor(Igual ou melhor que o Doni)
Leo Moura – Miranda – Rodrigo - Juan
Pierre - Ramires – Hernanes – Alex
Nilmar - Keirrisson

segunda-feira, 9 de março de 2009

O que é ser fenomenal ?




Estava me perguntando se toda repercussão em cima do Ronaldo não estava exagerada. A cobertura da mídia, a festa da torcida corinthiana, a empolgação das chamadas da Rede Globo.
Mas ontem, no jogo entre Palmeiras 1 x 1 Corinthians pude compreender tal repercussão.

Claro que uma contratação deste tipo, se levanta todas aquelas questões. Será marketing ? Ele conseguirá jogar ? Em qual nível ? Não pode atrapalhar o resto do grupo ?
Eu não quero falar sobre estas questões, pois o tempo nos dará resposta. Mas vou falar do porque dele ser realmente um fenômeno.

Não acho que ele é este fenômeno por “apenas” ser o maior artilheiro em copas do mundo, por ter feito gols antológicos, ou pelos 2 gols contra a Alemanha numa final de copa, ou porque no ano de estréia no Cruzeiro teve certo momento que tinha feito cerca de 54 gols em 53 jogos, por ter sido 3 vezes o melhor do mundo, ou ter voltado depois de graves contusões, ou mesmo por tantas outras conquistas ou números. Mas cheguei à conclusão que de fato ele é um fenômeno porque com certeza fez muitos vibrarem ou gostarem do gol de um rival. E mais do que isso, os jogadores adversários ainda o tratam como um mito. Parece que jogar contra ele, seja por medo ou respeito, o tratando como inatingível.

Lógico que o gol de ontem não quer dizer que “ele voltou”, como o marketing já está pregando (e isso é normal), pois ele mesmo já declarou que ainda tem um longo caminho, mas a cada momento que revejo sua trajetória, suas declarações no inicio da carreira e as de hoje, isso vai acabar nem importando tanto.

Porque a simplicidade e determinação dele é algo absurdo. Comemorar este gol como se fosse o primeiro da carreira. Alguém já tão rico, passar por tudo o que passa e ainda simplesmente por amor a alguma coisa se sujeitar a “começar de novo”, sem ter que precisar (porque quando é a única saída fica mais fácil), só pode ser de fato um fenômeno.

Eu fico tentando entender o que motivaria um cara que já jogou nos melhores estádios do mundo, já treinou nos melhores centros de treinamento, que já participou das maiores coberturas esportiva, ainda querer jogar num estádio ou gramado como o de ontem. Que por melhor que seja, vai estar muito longe do que ele estava acostumado.

Fama ele não precisa, dinheiro também não, mídia muito menos. Talvez o que o motive é a mesma coisa que faz da gente, os corredores de rua correrem sem ter ninguém pra aplaudir ou um prêmio no final, ou jogadores de várzea sem ter ninguém para assistir, fazemos estas coisas “malucas” sem saber exatamente o porque.

Talvez assim como o Ronaldo, façamos pelo simples fato de realizar algo que pra muitos possa ser incompreensíveis, mas que para nós seja realizador e incontestavelmente diferente de nada fazer.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Para o Sãopaulino o ano começa em 18/Fevereiro



Que os outros torcedores me dêem licença, mas para os Sãopaulinos agora é que começa o ano.

Hora ou outra, nós Saopaulinos somos taxados de arrogantes ou prepotentes por aquela velha frase. “Somos tri-mundial”. Mas só que é Sãopaulino sabe do que vou falar agora.

Tudo começou em 17 junho de 1992, numa quarta-feira à noite. Que de lá para cá, transformou a história do clube e de seus torcedores.

O São Paulo já havia perdido uma final de libertadores em 1974 para o Independiente-ARG, e naquela quarta-feira como o atual Campeão Brasileiro(que havia ganhado em 1991), tinha a chance de mais uma vez se sagrar campeão da Libertadores da América.

Os 2 jogos da final contra o Newell’s Old Boys(que era treinado pelo El louco, Marcelo Bielsa) foram um sufoco. Na Argentina 1x0 pra eles, e no Morumbi com 105.185 pessoas, 1x0 para o São Paulo, gol de pênalti aos 20 minutos dos segundo tempo, convertido por um “tal” de Raí.

Nada mais sofrido que a decisão por pênaltis, e me lembro que aconteceram muitos erros nas cobranças. Mas quando o jogador Gamboa do time argentino cobrou o pênalti e o “monstro” chamado Zetti fez a defesa no seu lado esquerdo baixo, me lembro muito bem dele ter se levantado, erguido os braços, e o Morumbi ser invadido pela multidão.

Aquele título sem dúvida foi o início da consagração do Mestre Telê Santana, que até hoje a torcida lembra. E o mestre mandou a campo o seguinte time:

Zetti;
Cafu, Antônio Carlos, Ronaldão e Ivan;
Adílson, Pintado, Raí e Palhinha;
Muller (Macedo) e Elivélton.
Técnico: Telê Santana

Dispensa comentar as outras conquistas que são notórias, mas o que não dispenso apontar é a diferença do que é ver o São Paulo Futebol Clube numa Libertadores da América, seja perdendo ou ganhando.

É claro que sempre se comemora outros títulos, mas que de certa forma para os sãopaulinos ficaram menos importante, porque sabemos o que é jogar e ganhar uma Libertadores.

Sabemos o que significa quando o Galvão Bueno expressa em suas narrações. “O São Paulo é diferente na Libertadores”.

Sabemos também a ansiedade de esperamos as tradicionais quartas-feiras à noite(como amanhã) e ver a chance de mais 11 jogadores como estes 11 do passado se tornarem parte também desta história.



Sabemos mais ainda, que dificilmente criamos vilões ao perder uma Libertadores, porque não é demérito perdê-la, mas como sabemos e criamos heróis ao ganhá-la.

Mas de fato o que não sabemos, é como descrever o que foi ver Raí por 2 vezes(1992 e 1993) e Rogério Ceni mais uma vez(2005) levantar a "Taça Libertadores da América".

Não tem jeito, o fracasso ou sucesso vão andar lado a lado e no limite de acontecerem. Pode ser um gol aos 48 do segundo, tanto a favor como contra que decidirá isso. Mas o importante é que daqui uns 4 meses estes pôsteres podem aumentar.





sábado, 14 de fevereiro de 2009

O que realmente somos ?

De vez em quando, eu tento medir a frustração da perda de um título ou mesmo um jogo importante. Ao longo do tempo, mesmo sabendo que o futebol de hoje é muito mais profissional do que emocional, ainda nos deparamos com atletas que chegam a chorar por uma perda.

Talvez o que sintamos seja medo de sermos incapazes, ou mesmo não o bom suficiente para realizar qualquer tipo de trabalho.

Trazendo este linha de pensamento para nosso cotidiano, podemos nos deparar com algo altamente frustrante.

Afinal, talvez todo dia em algum momento deixamos de ser nós mesmos, mas como não é todo dia que temos uma final de campeonato, não percebemos que nestes momentos fomos incapazes, fracos, inseguros. A questão é entender que nem sempre estamos prontos para uma vitória, ou nem sempre merecemos uma vitória. E são nestes momentos de pura fraqueza que podemos ser vitoriosos. Ter esta sensação e saber lidar com ela, nos faz verdadeiros vencedores, mesmo numa derrota.

Sei que devemos pensar em sempre acertar, isso é óbvio, mas se não errarmos como cresceremos ? Afinal, a decisão de outra pessoa pode não servir para mim.

Não sei se existe um limite de fracassos para cada pessoa, poderia ser mais fácil se tivesse, mas sei que se procurarmos ser quem realmente somos, estaremos muito próximo ser sermos vitoriosos. Ser vitorioso num jogo, na vida, no dia a dia, com certeza nos completa como indivíduo, e nos faz remeter a sentimentos de pura realização.

Imagino que todos queiram ganhar, sempre estar na frente, sempre ser o melhor. Mas isto não significa que ser o melhor é ser o mais feliz, o mais realizado. Em cada instante que se passa, temos sempre a chance de mostrarmos ser bons ou não tão bons assim, mas isso não pode ser o mais importante, e verdadeiramente talvez nem precisássemos mostrar nada, apenas precisamos ser. Ganhar nem sempre é ser o melhor, e ganhar sozinho pode não ter significado algum.

Bom, termino meu pensamento com um texto que muito melhor do que eu expressa o que desejei dizer.

“Nosso medo mais profundo não é de não sermos o bom suficiente, nosso medo mais profundo é de sermos poderosos alem da medida. Por isso nos perguntamos quem somos para nos considerar brilhantes, talentosos, fabulosos ? Na verdade, quem não somos.

Nascemos para manifestar a glória de Deus que está em nós. E ao deixar nossa luz brilhar, inconscientemente damos aos outros permissão para que brilhem também”. Marianne Williamson

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Meu dia - parte 3 de 3



Nosso goleiro saiu do gol, e eu com o máximo que pude corri para trás dele, com a esperança que o atacante tentasse driblar o goleiro. Ele até driblou, mas um drible curto, e logo chutou pro gol. Eu dei o carrinho, mas apenas desespero, pois a bola já havia entrado.


1x0 pra eles. É como se alguém abruptamente tivesse desligado um rádio que estava com som alto. Eu não ouvi mais nada, seja torcida ou companheiro até o final do jogo, um silencio ensurdecedor no meio de uma multidão. Tentamos o empate, mas de nada adiantou.

A saída do gramado foi tortuosa, é como se todos olhassem e me condenasse. É claro que os companheiros entendiam ser um lance normal de jogo, mas para mim eu era o único culpado pela derrota. Realmente naquele dia não tinha passado despercebido.

Devem imaginar o sentimento de todos no vestiário. Lembro-me que eu estava arrasado e graças a Deus nosso técnico sabia entender isto. Apenas nos falou que não era aquela derrota que nos tirava da briga pelo título.

A semana foi castigante, com os programas esportivos e jornais repercutindo aquele lance. Mas passou, como tudo em nossa vida passa.

Hoje vejo que foi mais uma das grandes experiências que vivenciei. Se tirei alguma lição daquilo ? Acho que sim.

Por melhor que estejamos, confiantes, seguros, sempre estamos suscetíveis a erros e derrotas. Saber assimilar um erro ou fraqueza é melhor que ignorá-los. Deus sempre nos dá uma outra chance. Se não de consertar, mas pelo menos de melhorar

Ah, aquele realmente foi “Meu Dia”, meu dia de aprender.

final...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Janeiro já está acabando...


Inacreditável, mas estamos já em 26 de Janeiro de 2009, na segunda rodada do paulistão. Parece que foi ontem que os times saíram de férias.
Ainda é muito cedo para diagnósticos ou certezas, mas como bom brasileiro não vou deixar de deixar meus “pitacos”.

Quanto ao Corinthians, é impressionante como se vê um padrão de jogo. O Time já sabe o que fazer e quando fazer. Mérito do bom Mano Menezes. Parece-me ser o único time a já estar pronto. Ouvi certa vez um comentaria dizer que o problema de ter aqueles certos “jogadores de elenco” que você um dia pode precisar deles. A torcida já se pensou quando precisar dos reservas como ontem ? Otacílio Neto(até foi bem, mas não me engana) Cristian, Souza, Saci, Jean...

O Palmeiras me surpreendeu um pouco, não achei que começaria tão bem. Mas o que não me surpreende é a estratégia do Luxemburgo. Como nos últimos 3 anos, foca totalmente no paulista, onde os outros grandes tem outras prioridades, ganha e tem o discurso. “Disputamos 2 campeonatos e ganhamos 1”. Se acharem valer a pena.

Já ouvi algumas vezes técnico e jogadores dizerem da prioridade à Libertadores, mas acho que se o São Paulo se classificar vai querer ganhar este paulista. E este ano com mais chances ainda. Ontem, mesmo com o rodízio de jogadores vimos o quanto ainda será forte.

E por último, mas não menos importante, o Santos realmente está no caminho certo. Marcio Fernandez parece ser um bom treinador, e já tem o time sob seu domínio. Confesso que quando o Santos estava perdendo, já estava pensando no que escrever. E para não ser oportunista, mesmo com as 2 vitórias vou falar o que estava pensando. Acho que o problema do Santos é jogar muito pra um jogador apenas, o Kleber Pereira. E já repararam que ele só faz gol na Vila Belmiro ? Tudo bem, ontem fez de pênalti. Mas reparem nos gols do ano passado.

Portuguesa 2 jogos e duas derrotas. Vasco perdeu em casa e Fluminense também derrotado. Parece que pra alguns as coisas continuam na mesma.

Ah, claro que não posso esquecer da Copa São Paulo de Juniores. Onde tivemos uma final bastante interessante. O time do Atlético Paranaense joga muito bem, mas com a expulsão de seu zagueiro, que era o melhor jogador não agüentou a força do Corinthians, que mostrou ser um ótimo time e ótimo retrospecto, afinal ganhar 7 vezes não é pra qualquer um. É óbvio que sempre pensamos no título e sempre queremos ganhar, nem que seja no par ou impar, mas categoria de base é antes de tudo para revelar jogadores. Sinceramente, não consegui ver neste time algum jogador que hoje já esteja preparado.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Meu dia - parte 2 de 3


“Merecemos estar aqui, mas esta torcida merece demais esta vitória.”

Começamos a subir a escada de acesso ao gramado, e a cada degrau o volume da torcida ia aumentando. Já nos últimos degraus comecei a ver a arquibancada crescendo ao final. Pronto, estava no gramado e o estádio estava cheio, com as cores que dispensa informar.

O último aquecimento, alguns cumprimentos e incentivos dos companheiros, sei que num piscar de olhos estávamos todos já posicionados, quando o juiz apitou o início do jogo.

É óbvio que não vou detalhar cada lance do jogo, até porque nem lembraria e vocês também não teriam paciência.

Em resumo, o primeiro tempo foi equilibrado. Nosso adversário apesar de não ter mais nada a fazer no campeonato era uma boa equipe.

Algumas chances para ambos os lados, mas nada de gol. Individualmente achei que estava bem, marcando de perto aquele atacante tão “chato” de se marcar.



No intervalo descansando, nosso técnico veio falar comigo. Disse pra tomar cuidado com o atacante, pois algumas vezes tinha girado em cima de mim, mas por sorte os
lançamentos não tinham sido corretos.

O segundo tempo como no primeiro, estava muito equilibrado, o tempo passava e o gol não saia. Nossa torcida começou a ficar apreensiva.

Estávamos sufocando o adversário, nossa linha de defesa estava praticamente no meio de campo. Mais ou menos aos 35 minutos nosso lateral chegou na linha de fundo e cruzou para a área, a zaga adversária tirou, e estávamos tão à frente e mal posicionados que não foi possível corrigir o azar que demos. A bola sobrou livre para o meia deles, eu e meu companheiro de zaga estávamos “mano a mano” com os atacantes. Percebi que iria acontecer o que meu técnico havia dito, mas quando fui me posicionar melhor, o lançamento desta vez saiu perfeito, por cima de mim. O atacante girou e saiu livre na entrada da área.

continua...

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Pára tudo, que preciso entender...


Que mundo é este ? Que a entidade “A” só para adquirir o direito de ter um prestador de serviços oferece 320 milhões de reais ? E que em +ou-5 anos vai dar a este prestador mais uns 230 milhões de reais ? (Como estou de mundo de cá, vou falar em reais). Sinceramente, se não conhecesse pessoas que já foram ou moram lá, custaria a acreditar que este outro mundo existe apenas o vendo na literatura.

Por mais retorno que dê(financeiro ou de marketing), o que faz alguém investir 540 milhões em um jogador ? Será que para alguém que tenha, sei lá, 5 bilhões de reais, 540 milhões não fazem diferença ?

E pra nossa surpresa, Kaká que hoje ganha cerca de 2.5 milhões/mês, e pelos aditivos salariais em 2013 deve estar ganhando 3.5 milhões/mês, recusou ganhar hoje ou a partir de amanhã 3.8 milhões/mês. Vale a mesma indagação, alguém que ganha 2.5 milhões/mês não acha diferença em ganhar 3.8 milhões ?

Olhem o que estes valores significariam no nosso “humilde” mundo...

Para o Corinthians: Se o Kaká fosse do Corinthians, os 320 milhões daria pra pagar sua dívida que dizem estar em 100 milhões, e com os 220 milhões restantes daria pra construir estádio, centro de treinamento...

Para o Palmeiras: Por favor, me entendam e claro esqueçam o valor histórico, que realmente não tem como mensurar, mas com estes 230 milhões que receberia em 5 anos, imagino que o Kaká poderia comprar todo o patrimônio do Palmeiras.
Sei lá, alguma coisa esta errada. Ou Manchester City e Kaká estão loucos, ou estou no mundo errado.

Para o Santos: Se não me engano, para o Santos sobrou uns 30 milhões da venda do Robinho. Para arrecadar o valor oferecido do Manchester City, precisaria vender uns 11 Robinhos...

Para o São Paulo: Está “brigando” para conseguir um patrocínio de camisa que seja maior que os 15 milhões que recebia da LG. Se o Kaká quiser, pode usar 1 ano do salário oferecido e patrocinar o São Paulo por 3 anos...

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Melhor do mundo


Realmente, se tem um jogador que podemos dizer ser o melhor do mundo, acima dos outros, esse jogador na verdade é jogadora, Marta.

Quando penso em melhor do mundo, pra mim tem que ser algo muito fora do normal, extremamente diferenciado. Cristiano Ronaldo (que acaba de ser eleito com toda justiça), Kaká, Messi, ... (e hoje paro por aqui, difícil achar outro) é claro são grandes jogadores, mas além de estarem no mesmo nível entre eles, às vezes passam por momentos que ficam atrás até de outros grandes jogadores no cenário mundial. Fico com a impressão que no futebol masculino, não teremos mais gênios. Talvez os últimos Romário, Zidane ?

Além disso, dentro de uma partida de futebol masculino, estes jogadores quando enfrentam marcadores diferenciados (sim, porque se temos jogadores diferenciados como atacantes, também tem os diferenciados ou craques como defensores) quase que não conseguem jogar, na maioria dos casos são anulados.

Agora, a Marta impressiona. Infelizmente não vi Pelé, mas tenho a impressão que daqui uns 40 anos vou poder dizer que vi Marta.

Ela sim, se enquadra na mais significativa e simples expressão de melhor do mundo. Ao vê-la jogar vemos claramente que as outras são inferiores, e que mesmo num dia ruim ainda assim será superior. Mas não se atentem em ver apenas os melhores momentos dela individualmente. Vejam um jogo inteiro. Com a bola é uma autêntica camisa 10, sem a bola “briga” e “luta” como um tradicional camisa 5.

Dias atrás ela se emocionou ao falar do futebol feminino, mesmo agora que deve fazer um contrato (Los Angeles Sol – EUA) que a deixará rica, ainda assim se preocupa com as dificuldades das companheiras. Vocês sabiam que a Bárbara, “goleira” da última olimpíada, não tinha clube, ou nem sei se tem agora ? Para manter a forma, ela treinava no Sport Recife sem receber nada. E a maioria são histórias parecidas.

Esta mulher de 22 anos, que jogava bola em baixo de uma ponte em Alagoas, que com certeza teve dificuldade para se alimentar, se vestir, estudar, hoje e por 3 anos consecutivos é considerada a melhor do mundo no que faz.

Por tudo isto, seu exemplo nos faz acreditar na força inacreditável que um ser humano pode ter, e também acreditar que alguém neste universo escolhe algumas pessoas para serem diferentes.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Meu dia - parte 1 de 3



Não vou relatar detalhes de qual jogo ou mesmo dos personagens, mas creio que apenas as sensações e emoções já serão suficientes para entenderem o que vivenciei.

Como de costume, cada jogador fazia seu tipo de concentração ou relaxamento. Uns ouviam mp3, outros cantavam samba, outros conversavam, e alguns como eu gostavam de observar a rua. Como era um jogo importante, era possível no trajeto ao estádio ver muitos torcedores com a camisa do nosso time. O estádio provavelmente estaria cheio. Aliás, nada mais motivador que ver tantas pessoas, que nem nos conhecem fazendo todo aquele esforço para ir ao estádio nos assistir num dia tão quente.

Deve ser emocionante ver um anônimo usando sua camisa, com seu nome. No meu caso isso ainda era pouco provável, pois além de zagueiro era apenas minha quarta partida como titular.

Na preleção, ainda no hotel, nosso técnico havia falado da importância daquele jogo. Nosso adversário direto ao título havia perdido na véspera, e uma vitória nos deixaria apenas um pontos atrás na classificação.

Começamos a avistar o estádio, e como esperado um grande número de torcedores nos aguardava. Aquilo apenas aumentava nossa responsabilidade.


A entrada ao estádio foi tranquila, graças ao bom trabalho dos batedores da polícia. Passamos pelos repórteres, e a chegada ao vestiário é sempre legal. Ver o trabalho tão dedicado dos roupeiros é sempre emocionante. A camisa pendurada, o calção no banco, meião e chuteira no chão, sempre nos respectivos lugares de cada jogador.

Estranhamente naquele dia estava mais tranqüilo do que o normal, algo me dizia que não passaria despercebido. Fizemos o aquecimento no vestiário, que aliás, estava cheio de digirentes e pessoas importantes, incluindo o presidente.

Nestes momentos me concentro tanto, que não lembro das brincadeiras dos outros jogadores, apenas ouvia as ordens do preparador físico. Já trocados, nosso técnico deu as últimas e rápidas instruções, fizemos o círculo e rezamos o “Pai Nosso” e “Ave Maria”(no meu caso, troquei por uma oração), e por último o tradicional “Um por todos, todos por um...”

Ao caminhar do vestiário, no corredor que daria a escada de acesso ao gramado era possível ouvir a torcida. Na “boca” da escada de acesso, antes de subir novamente nos reunimos e me lembro das últimas palavras de nosso capitão.

continua...

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Ano novo, e tudo de novo...



Não tem jeito, mais um ano e sabem qual é a preocupação de nós boleiros dos finais de semana ou comentaristas esportivos dos cafezinhos da tarde no escritório ?

Será que aquela contratação vai dar certo ? Será que aquele jogador este ano vai vingar ? Será que os juízes irão errar mais a favor do meu time ?

As mesmas expectativas, e tudo de novo. Paulistão, Copa do Brasil, Libertadores, Brasileirão, Sul-americana e porque não Mundial Interclubes. Pensando individualmente, vão minhas impressões:

Corinthians: Favorito ao Paulistão. O time já está treinando, e quando os outros grandes se acertarem já deve estar embalado. E sabemos como é o Corinthians embalado. Só tenho a impressão que muitos dos titulares são jogadores “pequenos” e “leves”(Dentinho, Lulinha, Douglas, Morais, Carlos Alberto, Elias), pra mim time forte precisa ter a maioria dos jogadores "fortes", "pesados". E só por curiosidade, de onde sai tanto dinheiro ?

Palmeiras: Onde está o planejamento do Luxemburgo ? Montar outro time num ano de Libertadores ? Saíram tantos jogadores que até me confundo (Elder Granja, Leandro, Gustavo, Léo Lima, Martinez, Denílson, Kleber ?, Alex Mineiro, acho que todos titulares no Paulistão). Bom, ele tem competência para fazer os bons reforços jogarem, mas que vai dar trabalho... Acho que o primeiro semestre está perdido, período do principal campeonato que irá disputar no ano.

Santos: Sinceramente, se o Santos estiver pensando a longo prazo acho que está fazendo correto. Temos exemplo de outro grande que ficou uns 10 anos ganhando um paulista aqui ou Rio-São Paulo ali, mas se estruturando, sem contratações fora das possibilidades, olhou para a base e vimos no que está dando. Acho que se o Santos estiver fazendo e pensando nisto, pode colher os frutos.

São Paulo: Mesma direção diretiva e técnica, mesma filosofia, mesma estrutura, praticamente o mesmo time e com bons reforços chegando. Não dá pra imaginar o que pode dar errado, a não ser que a diretoria resolva pensar em marketing como no início do ano passado. Bom, mas daí o Muricy conserta.