quinta-feira, 30 de julho de 2009

Metade da temporada


Final de Julho, e por incrível que pareça mais da metade do ano de 2009 já se foi. Fazendo uma analogia com o futebol em geral, poderíamos dizer que estamos no “meio da temporada”.

Para os pessimistas, ainda falta metade de um longo percurso, mas para os otimistas um grande tempo para tentar recuperar o que não se ganhou.

Tanto no futebol como em nossas vidas, nos deparamos com situações como esta. Estar no meio de um processo, as vezes contentes por satisfação do que foi realizado até aquele momento, mas em outros casos extremamente cansados e quase que desistindo da “temporada” que está vivendo.

E eis a questão. Se a temporada não está boa, o que fazer ? Temos 2 opções. Simplesmente desistir e esperar a próxima, ou ainda tentar recuperá-la.

Desistir talvez não seja uma escolha apropriada, porém, se não resolve pelo menos remedia um momento. Ao “abandonar” uma temporada, temos a chance de “desencanar” um pouco de tudo, ou mesmo de tudo um pouco. É como que relaxar a mente, o corpo, e até mesmo ser egoísta. Pensar apenas em si, sem ter a preocupação se irá afetar um grupo ( que pode ser um time de futebol ou sua família ). Assisti a um filme chamado “Antes de Partir”, que retratava algo parecido. Alguém que a vida toda, pensou em prol do grupo mas que ao final da vida viu que poderia também pensar um pouco em si. Em certo ponto, aquele personagem precisou abandonar a temporada, mesmo que apenas uma entre muitas outras.

Mas então, se não quer desistir só tem uma solução. Brigar até o fim. As vezes é até uma temporada com final já previsto, uma temporada que o resultado dificilmente será mudado, mas mesmo assim podemos ter o prazer e esperança de que se não conseguiremos reverte-la por completo, já estaremos nos preparando para a próxima.

Só temos que tomar cuidado para não forçarmos algo inadequadamente. É como uma contusão esportiva, insistir continuar machucado pode apenas agravar, e fazer uma temporada ruim encadear em outra temporada ruim. Neste caso, é sermos autocríticos, sinceros e cautelosos para avaliar como recuperar e quando recuperar.

De fato, desistindo de uma temporada ou não, sempre chegaremos naquele ponto em que quase não sabemos o que fazer. Vou ou fico ? Chuto ou driblo ? Compro ou Vendo ? Engraçado que na verdade, nosso dia-a-dia é repleto de decisões, como e fossem micro-temporadas.

Se a decisão é correta ou não, talvez não tenhamos a reposta de imediato. Mas o que talvez seja importante é que qual for a decisão tomada, desistindo ou não, decidindo ou não, é a única forma de sabermos se estamos ou se estaremos certos, se a metade da temporada que se passou valeu a pena ou se ainda podemos fazê-la valer a pena.

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